1ª viagem eno gastronômica dos membros da confraria do biriba (Chile).

Estreando a modalidade viagens eno gastronômicas, a confraria do biriba fez uma imersão para um dos ícones da produção mundial de vinhos do novo mundo, o Chile. O Chile é considerado hoje um dos melhores produtores mundiais de vinhos do novo mundo, com um micro clima excelente e um terroir complexo que reflete diretamente nos aromas e sabores. A confraria do Biriba teve o privilégio de visitar quatro grandes vinícolas chilenas, Almaviva, Errazuriz, Von Siebenthal e como não poderia deixar de ser a Concha y Toro.

No primeiro dia visitamos a vinícola Almaviva (marcar com antecedência U$ 15,00,www.almavivawinery.com) onde fomos muito bem recebidos pela colaboradora Sra.Soledad, que explanou sobre a história da fundação da vinícola (join venture entre Concha y Toro e Felipe de Rothschild), apresentou-nos o terroir com seu moderno sistema de irrigação subterrânea. Ao iniciarmos a visita ao complexo onde ocorre a produção dos vinhos, tivemos uma das mais marcantes experiências olfativas, pois, ao entrar, o aroma de vinho era maravilhoso. Ainda inebriados com o aroma complexo do local, Soledad explica detalhadamente todo processo de produção dos vinhos desde a classificação e separação das uvas, produção do vinho gota e prensa, fermentação ate descansar por 14 a 18 meses em barril de carvalho frances em uma sala planejada e de arquitetura impecável. Apos visitarmos o setor de engarrafamento seguimos a sala de degustação onde provamos uma taça da safra 2002 (RP 93, WS 93, CB 94).

 

Após a visita a Almaviva, por indicação de Florentino (nosso taxista, guia e fotografo), percorremos o circuito chileno (não turístico) de lojas para compra de vinhos, onde encontramos preços ate 20% menores que no circuito turístico (mercado Diez,www.supermercadodiez.cl), como nos não visitaríamos o Colchagua Valley (Ao sul de Santiago), escolhemos dois vinhos desta região, o Clos Apalta 2006 (WS 94 CB 94 +, casa Lapostole) e o Montes Alpha M 2006 (WS 94, CB 93 +, Vinha Montes Alpha) e um vinho com custo beneficio excepcional o Terrunyo 2006 (RP 94, CB 93, Concha y Toro). 

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No nosso primeiro jantar no restaurante Enrico Carusso (Hotel Crowne Plaza) inicialmente fizemos a degustação dos três vinhos e depois com auxilio do somelier do restaurante Sr. Sergio, que sugeriu de entrada salada de folhas verdes amargas com vinagre de maçã e mel, acompanhado do vinho Terrunyo 2006 (uma grata surpresa), seguido de três carnes distintas, cordeiro ao molho de vinho tinto, file mignon ao molho funghi e cervo com ervas finas, acompanhado dos vinhos Clos Apalta 2006 e Montes Alpha M 2006 (combinação perfeita) e típica sobremesa chilena acompanhada de um bom vinho branco botritizado de colheita tardia da Concha y Toro. 

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No segundo dia percorremos 120 km ao norte de Santiago, com destino a duas vinícolas, iniciamos o dia pela Errazuriz, onde fomos recebidos pelo colaborador Sr Pedro, que contou-nos a historia da vinícola, na qual seu fundador Don Maximiniano (homem visionário), contrariando as tendências (plantações no Vale Maipo ao sul de Santiago), investiu nas terras ao norte de Santiago (no Vale Aconcagua). Em 1995, seu descendente (6ª. geração) Edward Chadwik associasse a Robert Mondavi (ícone norte americano da produção de vinhos mundial ) e inicia a produção de um dos mais insinuantes vinhos chilenos o Seña . Após a explanação percorremos as videiras incrustadas nas montanhas das cordilheiras dos Andes, por estarmos impossibilitados de visitar o setor de vinificação devido às normas de produção da empresa, seguimos para degustação de uma seleção de vinhos brancos e tintos da Errazuriz com almoço (marcar com antecedênciawww.errazuriz.com U$ 40,00) com entrada das famosas empanadas chilenas acompanhado de um vinho Sauvignon Blanc, Max Reserva, seguido de file mignon ao molho funghi acompanhado de uma inesquecível panqueca de batata, com vinho tinto Errazuriz reserva 2006 e como sobremesa uma fabulosa mistura de iogurte com framboesa, acompanhado de um late harvest Errazuriz 2007. 

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Aproveitando a proximidade (são vinícolas vizinhas) visitamos uma muito conceituada e charmosa vinícola, que segue a filosofia francesa das vinícolas de Bordeaux, onde as videiras e o setor de vinificação estão harmoniosamente próximos, para facilitar a criação de um excepcional vinho de produção muito restrita, a Von Siebenthal, (www.vinavonsiebenthal.com U$ 30,00). Apos sermos muito bem recebidos por um dos enólogos da Von Siebenthal (Sr. Darwin), o mesmo apresentou-nos ricamente todo o processo de produção da vinícola, desde a escolha da qualidade e do plantio das videiras, cuidados da poda, irrigação do terroir ate os detalhes da colheita das uvas , particularmente orgulhoso da produção de uvas petit verdot e Carmenere (a qual tivemos o prazer de colher e saborear uma uva muito complexa e rica em açúcares). Na seqüência visitamos o setor de vinificação onde Darwin nos explicou que a vinícola surgiu de uma parceria entre a Suíça (Sr. Mauro Von Siebenthal) e o Chile (o Terroir), na qual Darwin explanou detalhadamente sobre o processo de produção de todos os vinhos produzidos pela Von Siebenthal, então visitamos o setor onde após o engarrafamento o vinho aguarda pacientemente ate o momento exato da sua condição perfeita de amadurecimento, onde tivemos o privilegio de ver as 1492 garrafas (em homenagem ao ano de descobrimento da America ) da primeira safra do excepcional Tatay de Cristoban safra 2007 (RP 97 +) , que fora engarrafado há 70 dias e ainda não comercializado.

Finalmente iniciamos o processo de degustação com o Carmenère 2006 (RP 90), Parcela 7 2005(RP 89) e Carabantes 2004 (RP 92) todos excelentes. Tivemos o privilegio de adquirir três unidades da primeira safra do excepcional vinho , Tatay de Cristoban 2007 (RP 97+) ainda não comercializada  e rotulo a definir. Existem mais dois vinhos excepcionais da Von Siebenthal, o Montelig 2002 (RP 91 WS 89 CB 92 ) e o Toknar 2006 (RP 95 ) . 

Lembrando a citação de Robert Parker (Jay Miller) “Se houvesse um Oscar para mais fina performance de uma vinícola, Von Siebenthal seria minha vinícola”. 

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Deixamos para ultima visita a mais turística das quatro vinícolas , a Concha Y Toro (www.conchaytoro.com U$ 12,00 com direito a taça personalizada) localizada a 40 km ao sul de Santiago em Puente Alto, em uma propriedade  paradisíaca. A visita inicia com a apresentação de um vídeo sobre a historia da Concha y Toro desde a sua origem com o fundador Don Melchor de Concha Y Toro  ate os dias atuais onde tornou-se  uma mega empresa do ramo de vinhos, com capital girando em torno de centenas de milhões de dólares. Em seguida fomos integrados a um grupo heterogêneo  de visitantes de aproximadamente 20 pessoas (de vários países) e passamos a conhecer tanto a parte histórica, com a residência de Don Melchor de Concha Y Toro e também as videiras que produzem a vasta gama de diferentes vinhos. Como ponto alto da visita o guia apresenta as famosas adegas de Don Melchor  (apelidada por ele de Casillero del Diablo) onde ele guardava a produção de seu melhor vinho, na qual de forma  teatral e surpreendente é feita toda a narrativa da lenda do local. Finalmente passamos para uma degustação de vinhos tintos e brancos da casa (nada surpreendente por sinal ), mas para quem se interessar, existe um restaurante com pratos típicos e degustação Premium com direito ao famoso Don Melchor (entre outros ). Antes de sair não deixe de conhecer a loja da vinícola, onde alem de comprar os vinhos (recomendamos o Terrunyo carmenere 2006 RP 94 CB 94) você pode visitar uma adega onde encontra-se  todas a safras produzidas de Don Melchor  até hoje e por mais incrível que pareça todas a disposição para venda . 

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Concluindo, o Chile é um pais que merece ser visitado, pela sua receptividade, belezas naturais e rica gastronomia, mas principalmente pela maravilhosa diversidade encontrada na produção de vinhos. VISITE O CHILE!

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